Suplente é preso por mandar matar vereador em Magé, diz polícia
Suplente é preso por morte de vereador em Magé A Polícia Civil do RJ prendeu nesta segunda-feira (22) Mário Jorge Soares Gentil, o Mário Gentil (Solidaried...
Suplente é preso por morte de vereador em Magé A Polícia Civil do RJ prendeu nesta segunda-feira (22) Mário Jorge Soares Gentil, o Mário Gentil (Solidariedade), suplente de vereador em Magé, na Baixada Fluminense, apontado como mandante do assassinato do vereador Silmar Braga (PP), ocorrido em janeiro deste ano. Gentil foi preso em casa, em Duque de Caxias, também na Baixada. Ao g1, o delegado Renato Martins, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), disse não ter dúvidas do envolvimento de Mário Gentil no atentado. “Com base nas quebras de sigilo telefônico e telemático, conseguimos provas suficientes para afirmar que Gentil foi o mandante do crime”, declarou. Gentil não foi eleito por 15 votos, mas a vaga aberta com morte de Silmar não foi para ele, porque eram coligações diferentes. “Havia uma disputa territorial entre eles no Jardim Nova Marília. Para Gentil, Silmar era um entrave político, já que ele atuava no bairro havia muitos anos”, prosseguiu Martins. Assim, com a morte de Silmar, Gentil ficaria sozinho como liderança na região. De acordo com a polícia, Mário contratou um executor que, de uniforme de uma empresa, usou um revólver para matar Silmar. “Ao longo dos últimos 11 meses, ficou claro que não foi uma organização criminosa que praticou o crime. O assassino atirou na vítima com um revólver. Além disso, ao ser chamado para prestar depoimento, ele tentou despistar a apuração do caso informando que o tráfico de drogas estava por trás do crime. O que não era verdade, já que a região é controlada por grupos paramilitares”, prosseguiu o delegado. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 RJ no WhatsApp Mário Gentil foi preso em Duque de Caxias Reprodução/TV Globo A polícia afirma que Mário Gentil tem envolvimento com uma milícia que atua em Magé. Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Gentil já era alvo da investigação e, no dia 12 de novembro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão no inquérito que investiga a morte de Silmar. Na ocasião, os agentes apreenderam 7 armas de fogo registradas em nome do investigado, munição, carregadores, radiocomunicadores, uma máquina de contar dinheiro, anotações financeiras, documentos e dois celulares. Silmar, de 50 anos, foi morto a tiros na porta de casa, no bairro Nova Marília, em Magé, no dia 20 de janeiro. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal de Magé, mas não resistiu aos ferimentos. Mário Gentil Reprodução Braga era um político tradicional na cidade, com 5 mandatos consecutivos desde 2008, e deixou esposa e três filhos. A atuação politica de Mário Jorge Soares Gentil é no bairro onde Silmar morava. O g1 tenta contato com a defesa de Mário Gentil. A Câmara de Vereadores de Magé informou que, desde a morte de Braga, tem fornecido todo o suporte necessário às investigações, disponibilizando as informações solicitadas pela Polícia Civil e apresentando os servidores requisitados para prestar depoimento no inquérito. Sobre o suplente preso, a Casa esclareceu que não há medidas a serem tomadas, pois ele nunca assumiu mandato parlamentar e, portanto, está fora de sua alçada. A direção estadual do partido Solidariedade disse que recebeu com surpresa a notícia da prisão de Gentil. “O Solidariedade Estadual afirma seu compromisso com a verdade, com o direito de defesa e o devido processo legal.” Objetos encontrados na casa de Mário Jorge Soares Gentil (Solidariedade) durante busca e apreensão em novembro Divulgação Silmar Braga foi baleado e morto ao sair de casa em Magé; crime aconteceu em janeiro Reprodução