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TRF mantém prisão de TH Joias e destina bens apreendidos para uso da Polícia Federal

O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias Reprodução/Instagram A 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região ...

TRF mantém prisão de TH Joias e destina bens apreendidos para uso da Polícia Federal
TRF mantém prisão de TH Joias e destina bens apreendidos para uso da Polícia Federal (Foto: Reprodução)

O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias Reprodução/Instagram A 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) analisou na tarde desta quinta-feira (18) a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado Thiego Raimundo de Oliveira Santos, o TH Joias e mais 14 suspeitos. TH é investigado por integrar uma organização criminosa e por suposta atuação como braço político do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça A denúncia foi analisada em sessão extraordinária do colegiado e marca um novo avanço da investigação que apura a relação de políticos e agentes públicos com o crime organizado no estado. Com a decisão, a situação de TH será conduzida pelo TRF. Caso TH Joias muda de relator após prisão Segundo o MPF, TH Joias, cujo nome é Thiego Raimundo dos Santos Silva, é acusado de crimes como organização criminosa, obstrução de Justiça e outros delitos ligados ao favorecimento de interesses da facção criminosa. A investigação aponta que ele teria usado o mandato parlamentar para interferir em ações policiais e judiciais, além de se beneficiar politicamente da atuação em áreas dominadas pelo tráfico. A sessão desta quinta-feira ocorreu sem a participação do relator original do caso, o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto. Os desembargadores federais Wanderley Sanan Dantas (presidente), Simone Schreiber, Marcello Granado, Flávio Oliveira Lucas, Alfredo Hilário de Souza, Cláudia Franco Corrêa e Júlio Cesar de Castilhos Oliveira Costa debateram sobre os pedidos feitos pelo MPF à Corte. O voto do desembargador Júlio Castilhos foi seguido por unanimidade pelos outros magistrados. O que foi decidido: 1) Desmembramento - Os crimes serão julgados separadamente. Parte dos suspeitos terá o processo analisado no Tribunal Regional Federal, da 2ª Região. Ficam no TRF: TH Joias, o traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, o advogado Alessandro Pitombeira Carracena e o delegado federal Gustavo Steel; 2) Desmembramento 2 - Os processos dos denunciados Kleber Ferreira da Silva, o Padrinho, e os policiais Rodrigo da Costa Oliveira, Leandro Alan dos Santos, Leandro Ferreira Marçal, Wallace Menezes, de Andrade Tobias, Alexandre Marques dos Santos Souza, além de Davi Costa e Wesley Ferreira da Silva e o traficante Wallace de Brito Trindade, o Lacoste, vão ser redistribuídos entre as varas federais criminais do Rio de Janeiro. 3) Bens apreendidos - Autorizar o uso dos bens apreendidos pela Polícia Federal: dois carros blindados e dois drones; 4) Prisão preventiva - A Seção manteve a prisão preventiva de TH Joias, de Dudu, de Alessandro Pitombeira Carracena, de Índio do Lixão e do delegado Gustavo Steel.  5) Presídio federal - O TRF manteve a transferência de TH para o presídio federal de Brasília. TH Joias foi preso na terça-feira (16), suspeito de ter vazado o mandado de prisão que ele próprio havia expedido contra TH Joias durante a Operação Zargun. Com a prisão de Macário, a relatoria ficou a cargo do desembargador federal Júlio de Castilhos. Desembargador Macário Judice Neto e o deputado estadual do RJ Rodrigo Bacellar Divulgação No pedido de prisão preventiva de Macário Neto, a Polícia Federal afirmou que a medida era necessária para evitar interferências na produção de provas e garantir a tramitação regular do processo, diante da suposta influência do grupo investigado em setores da administração pública do Rio de Janeiro. Relação com Bacellar As investigações também revelaram uma relação próxima entre o desembargador Macário Ramos Júdice Neto e o deputado estadual Rodrigo Bacellar, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A PF identificou trocas frequentes de mensagens entre os dois, incluindo conversas em que Macário aconselha Bacellar sobre sua relação política com o governador Cláudio Castro, com quem o deputado rompeu publicamente em julho. Bacellar e desembargador: PF investiga 'troca de carinho' A análise dos celulares apreendidos mostrou ainda pedidos de ingressos para jogos do Flamengo no Maracanã. Em uma das mensagens, o desembargador pede quatro ingressos para uma partida, e Bacellar responde mencionando a Suderj, órgão do governo estadual responsável pela gestão de parte dos ingressos do estádio. Dois dias depois dessas conversas, Bacellar abriu uma sessão da Alerj ameaçando criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Suderj e a distribuição de ingressos. Ele foi preso no dia seguinte, horas antes de o Flamengo conquistar o título brasileiro. Segundo a Polícia Federal, mensagens trocadas entre Bacellar e Macário Neto embasaram a operação que investiga o vazamento de informações sigilosas e a tentativa de obstrução das investigações contra TH Joias. Bacellar chegou a ser preso na primeira fase da Operação Unha e Carne, mas foi solto por decisão do plenário da Alerj. Nesta semana, ele voltou a ser alvo de buscas. Defesas Em nota, a defesa de Rodrigo Bacellar afirmou que o parlamentar não atuou para inibir investigações. Já os advogados de Macário Ramos Júdice Neto disseram que ele não se encontrou com Bacellar na véspera da operação nem conversou sobre o processo, como sustenta a PF. A defesa de TH Joias informou que ainda não teve acesso à decisão que o tornou réu. Bacellar está licenciado do mandato de deputado estadual. Ele foi afastado da presidência da Alerj por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pediu licença do cargo um dia após ser solto.

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