'Vovó Lena': morta em rompimento de adutora no Rio fazia sucesso no Tiktok com vídeos bem-humorados
Corpo de Marielene Rodrigues foi enterrado nesta quarta-feira (27) um dia após a morte no acidente em Rocha Miranda. Nas redes sociais, ela brincava com vídeo...
Corpo de Marielene Rodrigues foi enterrado nesta quarta-feira (27) um dia após a morte no acidente em Rocha Miranda. Nas redes sociais, ela brincava com vídeos de funk. Quem era Vovó Lena, morta em rompimento de adutora no Rio, que fazia sucesso no Tiktok Foi enterrada nesta quarta-feira (27) a idosa Marilene Rodrigues, de 79 anos, que morreu soterrada na madrugada desta terça-feira (26) após uma tubulação de alta pressão se romper em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Sob comoção, parentes e amigos se despediram de Vovó Lena, como era conhecida no TikTok, onde tinha mais de 18 mil seguidores e fazia sucesso com vídeos engraçados dançando e cantando funk – um deles com mais de 2,5 milhões visualizações. Em entrevista ao RJ2, uma das filhas dela destacou como a mãe era alegre e gostava de gravar os vídeos para as redes sociais. Divertida, uma das suas atividades favoritas era karaokê. Antes da morte, os comentários eram de incentivo à "vovó cria", como o perfil a define: "Arrasou vovó", "vovó do ritmo 2024", "te amo vó você é uma diva 🫶🏻". Outros, já sabendo da tragédia, escreveram mensagens de carinho. "Fiquei muito triste com seu falecimento. Achava seus vídeos o máximo. Esse vídeo eu tenho ele salvo na minha galeria. E todos os domingos ele ia pro meu status como meu domingoou. 💔💔💔", escreveu Alessandra Farias em uma das publicações. Vovó Lena fazia sucesso nas redes sociais Reprodução O acidente Mariele dormia quando sua casa veio abaixo, destruída pela força da água. “Eu perdi minha mãe! Que saneamento básico é esse!?”, desabafou Simone, filha de Marilene. Suelen Belo, filha de criação de Marilene, foi retirada com vida dos escombros. Ela disse ter ficado 1 hora presa, mas escapou praticamente sem ferimentos. Idosa morre em rompimento de adutora em Rocha Miranda O acidente foi às 3h30 na Rua das Opalas, e o corpo de Marilene só foi encontrado 5 horas depois. A enxurrada derrubou paredes, telhados e muros e arrancou o asfalto. O bolsão chegou a cobrir a roda dos carros — um deles chegou a ser arrastado até os fundos do terreno. Pedaços do cano estourado ficaram espalhados pela via, em meio a muita areia. Vizinhos contaram que foi a 2ª vez no mês que a região sofre com rompimentos. A Rua das Opalas pertence à área de distribuição da Águas do Rio. A canalização, de concreto, é de 1949 e tem a vazão de 500 litros por segundo — o tubo é tão largo que um adulto de 1,70 metro consegue caminhar por ele sem se abaixar. O ramal atende toda a Zona Norte do Rio e parte da Baixada Fluminense, cobrindo 74 km. A água que o abastece vem de Ribeirão das Lajes. O conserto deve demorar até 2 dias, e a normalização do fornecimento, mais 3 dias a partir do término do reparo. A Cedae informou que reduziu a produção de Ribeirão das Lajes para 73% da capacidade a pedido da Águas do Rio para contenção e reparo da adutora. “O sistema vai ser normalizado após a conclusão do reparo da concessionária”, disse. A manutenção do Guandu, que é um sistema distinto, segue sem alterações no cronograma. Marilene Rodrigues (D) Reprodução Adutora se rompe em Rocha Miranda Reprodução/TV Globo Adutora se rompe em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Anne Poly/ TV Globo Rompimento de adutora causa duas mortes em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Anne Poly/ TV Globo Adutora se rompeu em Rocha Miranda Anne Poly/ TV Globo